Powered By Blogger

terça-feira, 30 de abril de 2013

As Cartas que nunca te escrevi (17 dezembro 2012)

17 de dezembro de 2012

  Na outra noite sonhei contigo primo. Sonhei que eu estava a conversar contigo, e eu chorava sem parar. Enquanto conversava contigo fazia "festas" na tua cara, e tu rias-te, simplesmente olhavas para mim e rias-te.
  Quando eramos mais miúdos, no Verão, vinhamos com os nossos pais para os bancos da rua, nas noites de mais calor. Lembras-te? Depois tu pedias-me para deitares a cabeça no meu colo e te fazer "festinhas" no cabelo, e eu, claro, que nunca te negava esse miminho. Lembro-me que nessas alturas eu focava a minha atenção no teu rosto, e tu estavas a contemplar a noite, a lua, as estrelas e os teus olhos brilhavam, e todo o teu rosto sorria. Nessas alturas eu sentia uma paz, uma alegria pela simplicidade e humildade que existia no nosso companheirismo.
  Lembro-me que detestavas ver-me chorar, arranjavas sempre maneira de me fazer rir.
  É destes momentos que é feita a nossa história primo, é deste amor de irmãos que nós alimentavamos a nossa relação.
  Nesse sonho eu senti esse companheirismo e essa paz de outrora.
  Quero dizer-te que nunca te esqueci, que nunca ninguém ocupou o teu lugar e nunca deixaste de ter no meu coração o lugar especial e cativo que é só teu. Independentemente daquilo que ouviste, eu sei que no fundo sabias que era tudo mentira.
  Só nós dois é que sabemos, não é?!

Ana Lúcia Pereira  

Sem comentários:

Enviar um comentário