O romance pertence aos jovens tolos que um dia escreveram cartas de amor.
Se ao menos um dia eles relessem aquilo que escreveram, recordariam o tempo em que uma carta de amor valia bem mais que uma vida inteira de riquezas.
Saudades de uma outra vida em que eu própria fui uma jovem tola e em que o romance me pertenceu.
Cartas de amor cheias de sentimentos e que não têm retorno, quando as verei? Nunca mais, perderam-se nas mãos de um outrora, também, jovem tolo do romance titular.
Quero aquele fulgor que as cartas numa outra vida me deram, quero ser jovem tola mais uma vez, escrever relíquias e desta vez guardá-las num cofre escondido que só a mim pertence.
Quero relê-las vezes sem fim e recordar a jovem tola mesmo que seja aos 90 anos de idade.
Juras, promessas e pactos...sem efeito...perdi-as para sempre e não sei se alguém irá relê-las mais alguma vez...desperdício!
Eu quero roubá-las e fazê-las minhas pprisioneiras até ao fim dos tempos. Sim, é isso, vou engendrar um plano e vou roubá-las e aí serão minhas!
Ai que eu morro por dentro, já não sou a jovem tola detentora do romance, sou a mulher tola detentora de coisíssima nenhuma.
Sou dor, sou mágoa, sou rancor e o romance tu tiraste-me...tiraste? Tu tiraste-me o romance dos jovens tolos? Porquê? Mas porquê? Eu não entendo, eu não compreendo...
Não quero ser tola somente, quero ser uma jovem tola que escreve cartas com o coração! Eu quero tudo e não tenho nada.
Se ao menos as cartas me pertencessem, quem sabe...
Desabafos inexplicáveis que tento explicar... ...contudo... ...nem tudo pode ser dito... ...isso seria como largar uma bomba atómica!
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
domingo, 12 de maio de 2013
Invisible me! (12.05.2013)
Porquê? Porquê que a invisibilidade me persegue?
Por mais que a exposição seja feita, a invisibilidade vence sempre.
Perco-me dentro de mim, aprisiono-me dentro de mim própria...perco-me na minha invisibilidade...
Será que fui eu que fiz por ser invisível? Se calhar fui eu que assim quis e agora estou a lidar com as consequências.
A agonia desta invisibilidade instala-se no meu peito e deixa um vazio asfixiante.
A invisibilidade dá cabo de mim!
Parece que tudo prossegue sem que eu seja necessária...estou invisível, ninguém me ouve, ninguém me vê, nada...um enorme, gigantesco NADA!!!
Parece que desapareci sem deixar rastos para todos...
Por mais que a exposição seja feita, a invisibilidade vence sempre.
Perco-me dentro de mim, aprisiono-me dentro de mim própria...perco-me na minha invisibilidade...
Será que fui eu que fiz por ser invisível? Se calhar fui eu que assim quis e agora estou a lidar com as consequências.
A agonia desta invisibilidade instala-se no meu peito e deixa um vazio asfixiante.
A invisibilidade dá cabo de mim!
Parece que tudo prossegue sem que eu seja necessária...estou invisível, ninguém me ouve, ninguém me vê, nada...um enorme, gigantesco NADA!!!
Parece que desapareci sem deixar rastos para todos...
NOBODY CARES, WHY SHOULD I???
Meu fragmento psicopatológico! (12.05.2013)
Meu fragmento psicopatológico!
Olhas-me nos olhos e desencorasjas-me de prosseguir!
Olhas para mim e a imagem refletida não me dá alento, dá vontade de desistir, de fugir, de deixar tudo para trás...
...mas em vez disso...
...correm-me as lágrimas pelo rosto, as palavras ficam encravadas e entorpece-me a mente.
Já não tenho alento para prosseguir, cada pequena ação, cada pequeno detalhe sussurra-me ao ouvido: "Falhas-te a tua missão!".
Nada faz sentido, já nada é igual!
Onde está o ânimo? Onde está a euforia? Onde está a expetativa? Onde está o brilho das coisas terrenas? Onde está o espanto? Onde estão os seres humanos que nos iluminam num só olhar?
Nada brilha, tudo é baço!
Dizes-me todos os dias, sem te cansares, que falhei e ainda consigo ver no teu rosto um pequeno fragmento de sorriso por me veres falhar. O meu rosto vai entristecendo e a tua glória vai aumentando. Quando vejo esse fragmento de sorriso maléfico na tua cara dá-me vontade de partir o espelho, agarrar-te pelo pescoço e estrangular-te! Mas não, em vez disso, correm-me as lágrimas pelo rosto.
És um ser masoquista que me tortura a mente em busca de saciar a sua sede!
Poluis todo o meu ser com a tua maldade e ainda te vanglorias!
Mas sabes que sem mim nada és, então torturas-me até ao ponto ideal, em que eu não morro e tu manténs-te mais vivo que nunca.
Tens o poder de me fazer odiar tudo, fazes-me sentir que as trevas são o meu único conforto, dás-me vontade de me esconder e de fugir do mundo.
Pergunto-me: "E quando eu morrer, para onde vais?".
Habitas na minha mente, apoderaste do meu corpo e enfraqueces-me o coração. A minha única fuga é escrever, mas até aí tu tens de intervir, tens de aparecer e vanglorias-te novamente.
Não posso mais viver contigo mas também já não me imagino a viver sem ti, porque tu és assim, tu és uma droga de melancolia que vicia e não deixa que eu me desintoxique. Tu és a minha psicopatologia que me enfraquece a mente e me deixa num estado de tristeza intensa que se torna inebriante.
Mas tu nunca vais conseguir uma coisa...tu nunca vais ser Eu, sabes porquê? Porque tu és um fragmento meu, não passas disso. O Eu concretamente não conseguirás nunca alcançar, porque o meu ser é fragmentado!
Ana Lúcia Pereira
sábado, 11 de maio de 2013
10.05.2013 - Agressão Verbal
Eles não sabem!
Eles dizem porque querem
e não pensam.
Eles magoam
mas acham que é passageiro.
Não é assim tão ligeiro
como possam pensar,
é um mundo inteiro
que pode acabar.
Se eles soubessem
o mal que tecem...
Devem pensar:
"estou apenas a falar".
Devem achar:
"estou apenas a brincar".
O que eles ficam sem saber
é que para quem ouve
só lhe fica a apetecer...
...morrer!
Eles não sabem!
Eles dizem o que dizem
porque querem
mas não sabem!
Se eles nem que fosse por um momento
ao lugar do tormento
fossem parar,
não sobreviveriam ao desalento
sem chorar.
Fico a pensar
tantas vezes para comigo:
"como eu me poderia amar
se não fossem esses que olham para o próprio umbigo".
Aquilo que foram dizendo
foi moendo.
As marcas deixadas
nunca ficaram cicatrizadas.
Prejudicaram uma vida inteira
apenas para se sentirem superiores
com uma "brincadeira".
Mas eles não sabem
que para brincar
tem de haver sorriso de par para par.
Eles não sabem e ficarão sem saber
que aquilo que lhes apeteceu dizer
apenas fez sofrer.
Este sofrimento
não passou com o tempo,
este sofrimento
só foi dando desalento.
Uma vida inteira
destruída por uma "brincadeira".
Cada palavra é uma facada,
cada risinho é uma chapada.
O seu ego a aumentar
por outro ver chorar,
o seu sorrir
em troca de um mártir.
Crueldade
é aquilo que fizeram
e aquilo que vão continuar a fazer
porque souberam
o gosto de ver outro sofrer.
Tenho pena daquele que chorou!
Tenho pena daquele que sorriu!
Tenho pena dos dois
porque um sofreu
e o outro em demónio se converteu!
Eles dizem porque querem
e não pensam.
Eles magoam
mas acham que é passageiro.
Não é assim tão ligeiro
como possam pensar,
é um mundo inteiro
que pode acabar.
Se eles soubessem
o mal que tecem...
Devem pensar:
"estou apenas a falar".
Devem achar:
"estou apenas a brincar".
O que eles ficam sem saber
é que para quem ouve
só lhe fica a apetecer...
...morrer!
Eles não sabem!
Eles dizem o que dizem
porque querem
mas não sabem!
Se eles nem que fosse por um momento
ao lugar do tormento
fossem parar,
não sobreviveriam ao desalento
sem chorar.
Fico a pensar
tantas vezes para comigo:
"como eu me poderia amar
se não fossem esses que olham para o próprio umbigo".
Aquilo que foram dizendo
foi moendo.
As marcas deixadas
nunca ficaram cicatrizadas.
Prejudicaram uma vida inteira
apenas para se sentirem superiores
com uma "brincadeira".
Mas eles não sabem
que para brincar
tem de haver sorriso de par para par.
Eles não sabem e ficarão sem saber
que aquilo que lhes apeteceu dizer
apenas fez sofrer.
Este sofrimento
não passou com o tempo,
este sofrimento
só foi dando desalento.
Uma vida inteira
destruída por uma "brincadeira".
Cada palavra é uma facada,
cada risinho é uma chapada.
O seu ego a aumentar
por outro ver chorar,
o seu sorrir
em troca de um mártir.
Crueldade
é aquilo que fizeram
e aquilo que vão continuar a fazer
porque souberam
o gosto de ver outro sofrer.
Tenho pena daquele que chorou!
Tenho pena daquele que sorriu!
Tenho pena dos dois
porque um sofreu
e o outro em demónio se converteu!
Ana Lúcia Pereira
terça-feira, 7 de maio de 2013
Eu sou a Fênix... (07.05.2013)
Eu sou a Fênix...
Eu sou a Fênix que renasce das cinzas.
Eu sou aquele pássaro lendário que se tornava imortal ao renascer no meio das suas próprias cinzas.
Eu sou a Fênix que tem uma força inacreditável.
Eu sou a ave que se transforma em fogo quando menos se espera.
Por isto eu sou a Força e Imortalidade.
Das cinzas da minha vida já me ergui por diversas vezes tornando-me num ser magnífico e já surpreendi quando os outros menos esperavam.
Eu agora estou deitada nas cinzas, camuflada, em transformação, e espero em breve renascer e maravilhar-vos com o meu renascimento, porque o ser maravilhoso está aqui à espera do momento ideal para se mostrar.
Eu passo despercebida, de mansinho pela calada, encoberta pelas cinzas e ninguém dá por mim. Eu sou apenas mais um transeunte, não sou nada e nada fica pelo caminho?! ERRADO! Porque eu sou a Fênix escondida nas minhas cinzas à espera do renascimento.
Depois da morte o meu olhar mudou e ficou vazio, o meu caminhar antes altivo rebaixou-se e até a cabeça antes erguida se rebaixou, mas é apenas por agora, porque eu estou no meio das cinzas, pois quando o renascimento se der cuidado com o olhar petrificante, cuidado com o caminhar de magestade e cuidado com a cabeça erguida, estes serão os sinais de que a Fênix voltou do domínio de Hades, a Fênix voltou do mundo dos mortos, renasceu e vem mais rejubilante que nunca.
Eu sou a Fênix e os pensamentos tóxicos que me corroem o coração estão a ser combatidos nas cinzas, tornando-se eles próprios num componente destas cinzas, e eles desaparecerão, eles ficarão nas cinzas e eu renascerei com pensamentos sanos, pensamentos indestrutíveis, capazes de tudo...
E se um dia eu voltar novamente às cinzas e ao mundo de Hades, relembrem-se que eu sou a Fênix que renasce das cinzas!
Ana Lúcia Pereira
domingo, 5 de maio de 2013
Caminhar sob lava a ferver (05.05.2013)
Eu ando sob lava a ferver, deixando as minha pegadas bem firmes, eu ando sob lava a ferver e vou dando dicas pelo caminho.
Mas ando pela lava e queimo-me sozinha, ninguém está disposto a fazer esta caminhada comigo.
Eu vou deixando as dicas enquanto a jornada prossegue, mas ninguém percebe as minhas dicas, ninguém parece perceber a mensagem. Isto penso eu na minha inocência, porque no meu mais obscuro ser eu sei que percebem; o que se passa realmente é que fingem não perceber.
É mais fácil ignorar do que agir. É mais fácil fingir que nada aconteceu do que resolver o acontecimento. É mais fácil fugir e voltar para a zona de conforto do que prosseguir e enfrentar a lava a ferver.
Eu caminho sob a lava a ferver e busco pelo meu destino, caminho pela lava a ferver e queimo-me sozinha. Mas aqueles que caminharem sob este memso caminho saibam que não têm que caminhar sozinhos tal como eu, porque eu estarei lá e caminharei do vosso lado. Apesar de já queimada pelo meu caminho prefiro caminhar (também) convosco pelo vosso caminho; sempre é melhor do que assistir ao vosso doloroso caminhar sem nada fazer, até porque...
...esse caminhar poderá ser o último em que eu terei a honra de vos acompanhar!
Ana Lúcia Pereira
sexta-feira, 3 de maio de 2013
O meu namoro secreto... (03.05.2013)
O meu namoro secreto...
Eu tenho um namoro secreto do qual ninguém desconfia, nem o meu próprio marido suspeita que este namoro possa se quer existir.
Este meu namoro secreto é um daqueles relacionamentos muito complicados, é um daqueles relacionamentos do género "amor/ódio".
Neste meu relacionamento nós passamos o tempo todo a brigar, chateamo-nos, cortamos relações, mas eu volto sempre a apaixonar-me novamente. Por mais que eu me zangue, por mais que eu me canse de tanta briga, eu não deixo de amar.
Digo-lhe coisas horríveis, e sei que firo sentimentos; eu digo-lhe "odeio-te", eu digo-lhe "quero pôr um fim a tudo", eu digo-lhe "não prestas", eu digo-lhe coisas que não merece ouvir...mas no fim arrependo-me, no fim o amor fala mais alto porque me apaixono novamente. E por mais que eu diga todas estas atrocidades, no fundo eu tenho é medo de perder este meu namoro secreto.
Pois é verdade, pronto eu admiti...eu tenho um namoro secreto que não é perfeito (nada o é), é confuso, lindo, obscuro, bom e mau, com altos e baixos...como tantos outros...Mas eu não existiria sem este meu namoro secreto...Porquê??? Porque eu namoro (secretamente) com...
...A VIDA!
Eu sou: "A da vida amante"!
Ana Lúcia Pereira
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Amanhã acordarás... (28.04.2013)
E amanhã vais acordar e o céu terá mudado de cor, amanhã vais acordar e o sol terá outro brilho, amanhã vais acordar e verás uma pessoa nunca antes vista por ti diante do espelho...
Amanhã vais acordar e vais experienciar um outro sentimento, um sentimento nunca antes por ti sentido, vais senti-lo e vais te perguntar "porquê"...
E terás esperança que amanhã será aquele dia, e depois o dia termina e tu apercebeste que afinal não era aquele o dia...
E revives tudo novamente!!!
Ana Lúcia Pereira
You will know who you are... (27.04.2013)
Read it... 'cause you'll know who you are...believe me...
Eu disse que vos amava e depois "desdisse" aquilo que disse...
Eu disse que vos odiava e depois "desdisse" aquilo que disse...
Eu fiz tudo por vocês e depois desisti de vocês...
Eu não fiz nada por vocês e depois lutei com garras e dentes...
Eu fui atrás de vocês e depois vocês vieram atrás de mim...
Eu olhei profundamente nos vossos olhos e disse "acabou" e vocês leram nos meus "fica"...
Eu lutei, lutei, lutei sem fim e sem obter resposta...
Eu desisti, desisti, desisti e fui ao fundo do poço...
Eu ergui-me, ergui-me, ergui-me e consegui voltar a lutar mas por outra causa...
Eu voltei a ir ao fundo do poço...
Na minha mente eu mantive o "amo-te" e retirei o "odeio-te", eu fiz tudo e não desisti e lutei com garras e dentes, eu fui atrás e não obtive resposta e eu disse alto e bom som "FICA"...
Na minha mente fiquei só, no meu coração morri, na realidade fugi e no "suposto"? Onde estou?
Ana Lúcia Pereira
Eu e o meu monstro... (27.04.2013)
Estou aqui no local onde habita a escuridão e eu sinto-me tão amargamente bem!
Pena não poder permanecer aqui por mais uns tempos, as horas que aqui fico são vagas porque, infelizmente, existe um mundo lá fora!
E o choro consola-me e a solidão conforta-me, o choro lava aquilo que o monstro deixou em mim e a solidão esconde os vestígios desse mesmo monstro!
Um quarto, quatro paredes, sem escape para que a luz possa entrar, apenas escuridão, silêncio, lágrimas, solidão... eu e o meu monstro!
Aqui sinto-me invisivelmente inexistente, aqui só aqui!
Ana Lúcia Pereira
Poema: Não sei a razão pela qual te perdi (16.04.2013)
Não sei a razão pela qual te perdi,
só sei que sofri!
Um mês já se passou
e mais uma vez o meu coração chorou.
Sinto-me diferente desde aquele dia,
sinto-me vazia,
sinto que não presto para nada
e que fiquei desamparada.
Sinto-me feia
como que embrulhada numa teia.
Sinto que os demónios voltaram,
sinto que eles me apanharam.
Voltei à estaca zero
onde antes me encontrava
e só espero
não ficar como estava.
Que medo de deixar de me amar,
que grande medo,
peço por favor:
Deus diz-me um segredo!
Um segredo milagroso
que me faça amar-me novamente,
um segredo glorioso
que me abrace suavemente.
só sei que sofri!
Um mês já se passou
e mais uma vez o meu coração chorou.
Sinto-me diferente desde aquele dia,
sinto-me vazia,
sinto que não presto para nada
e que fiquei desamparada.
Sinto-me feia
como que embrulhada numa teia.
Sinto que os demónios voltaram,
sinto que eles me apanharam.
Voltei à estaca zero
onde antes me encontrava
e só espero
não ficar como estava.
Que medo de deixar de me amar,
que grande medo,
peço por favor:
Deus diz-me um segredo!
Um segredo milagroso
que me faça amar-me novamente,
um segredo glorioso
que me abrace suavemente.
Ana Lúcia Pereira
Meu pequenino ser maravilha...
(14.02.2013)
Não sei se já existes mas já te amo! A ideia de que posso estar a gerar um novo ser dentro de mim é fenomenal.
Vais ter um pouquinho de mim e um pouquinho do pai, e vais ser o ser mais maravilhoso do mundo!
Meu pequenino ser maravilha ainda não existes mas o meu desejo de te ter é tão grande que quando te tiver nos meus braços acho que vou explodir de alegria.
Eu e o pai vamos ser os papás mais babados de todo o mundo, disso eu tenho certeza absoluta.
Mal vejo a hora de receber a notícia "você está grávida!". Deve ser a experiência mais maravilhosa do mundo, gerarmos vida dentro de nós!
(19.03.2013)
E por breves momentos foi mesmo maravilhoso!
E em breve espero poder viver esta experiância até ao fim e segurar nos meus braços, não este ser maravilha que já partiu, mas outro ser maravilha que tenho a certeza que me vai dar muitas alegrias!
22.12.2012
Por vezes sinto falta de voltar para aquele lugar escuro onde me encontrava à uns tempos atrás. Eu volto lá muitas vezes mas é tudo tão rápido que mal lhe sinto o "bafo". E Eu sei que este sentir falta não é saudável mas é compreensível ( pelo menos para mim é).
Depois de "recuperar" e de sair da escuridão soube-me bem respirar de novo, de sentir de novo a brisa no meu rosto, conhecer o amor novamente e sentir-me viva; mas como tudo na vida esse sentimento de "renascer" morreu. Agora sinto falta de voltar para lá porque lá eu não sentia insegurança, lá tudo estava mais do que nítido; porque lá o sim era sim e o não era não, não existia o talvez; porque lá a morte era só a morte... Agora não estou nem na escurudão nem na luz, estou algures no meio, e aqui no meio tudo é uma incerteza, e a insegurança assalta-nos o coração com tanta frequência que já se tornou rotina; aqui no meio o sim e o não são dois "talvez"; aqui no meio a morte é o fim e o príncipio, é a certeza e a incerteza, é o recordar e o esquecer, é o chorar e o rir, é o tudo que não é nada...
O estar sozinha aqui no meio é perturbador, é assustador, é horrível, é um filme de terror, é algo que nem convém ser imaginável; mas lá, lá não, lá o estar sozinha era tristemente pacífico, era melancolicamente consolável.
Eu lá chorava, eu lá gritava, eu lá afogava-me, eu lá não queria saber... mas eu lá era infeliz. Eu aqui não choro como chorava ( que saudades), não grito, não me afogo e agora já quero saber... e agora eu não sou infeliz, mas também não sou feliz... então sou o quê?!
Ana Lúcia Pereira
Poema: A força esmurece (24.07.2011)
A força esmurece
bem devagarinho
e a memória não esquece
aquele murmurinho...
Tudo vai embora sem explicação,
tudo desaparece numa vasta escuridão...
E há dias em que sofrer
é apenas uma dica
da vida que há para viver...
Ficar sentada à espera?
Correr e não esperar?
Qual será a era
que me vai abrandar?
O coração pulsante,
o estômago revoltante,
a cabeça a girar
e o corpo a pairar...
Uma enorme falta de ar...
Um nó na garganta,
um sufoco silencioso,
um tremer que já não espanta
e um olhar tendencioso...
Mas esta revolta interior
bem silenciosa
abafa a dor
e não me deixa falar em prosa...
Aos pouquinhos degradante,
podre, sem triunfo,
a da vida amante
perdeu o trunfo!!!
FAREWELL, ATÉ À VISTA,
ATÉ AO DIA DA CONQUISTA!!!
bem devagarinho
e a memória não esquece
aquele murmurinho...
Tudo vai embora sem explicação,
tudo desaparece numa vasta escuridão...
E há dias em que sofrer
é apenas uma dica
da vida que há para viver...
Ficar sentada à espera?
Correr e não esperar?
Qual será a era
que me vai abrandar?
O coração pulsante,
o estômago revoltante,
a cabeça a girar
e o corpo a pairar...
Uma enorme falta de ar...
Um nó na garganta,
um sufoco silencioso,
um tremer que já não espanta
e um olhar tendencioso...
Mas esta revolta interior
bem silenciosa
abafa a dor
e não me deixa falar em prosa...
Aos pouquinhos degradante,
podre, sem triunfo,
a da vida amante
perdeu o trunfo!!!
FAREWELL, ATÉ À VISTA,
ATÉ AO DIA DA CONQUISTA!!!
Ana Lúcia Pereira
Aquele sítio chamado HONESTIDADE (20.06.2011)
Não quero viver neste mundo onde predominam as coisas más, por isso a minha busca pela felicidade eterna termina aqui, se ela me encontrar é porque sou merecedora dela se não é porque nunca a mereci.
Não quero viver neste mundo onde predominam as coisas más, por isso a minha incessante entrega de amor, amizade e carinho termina aqui, se me for atribuída é porque a ganhei se não é porque a perdi para sempre.
Não quero viver aqui, por isso baixo os braços tanta vez num grito de revolta, como que uma greve de fome fizesse...
Não, eu não quero viver aqui, eu quero viver no mundo encantado em que a família é o nosso pilar mais forte, em que os amigos são como suportes de muito apoio e companheirismo, em que o amor é a coisa mais terna e doce alguma vez existente e principalmente eu quero viver naquele sítio chamado HONESTIDADE em que um sorriso não é mais que um sorriso!
Ana Lúcia Pereira
terça-feira, 30 de abril de 2013
Mãe? (09.05.2011)
Mãe?
Mãe? É uma palavra muito estranha para mim... é uma palavra difícil de pronunciar!
Já não sinto o teu cheiro, já não reconheço a tua voz, já não conheço os teus traços de cor.
Antes não eras muito presente, mas de vez em quando estavas lá.
Agora desapareceste num estalar de dedos e eu já não sinto nada, não sei como era o meu amor por ti, não sei como eram as nossas conversas, já não sei como eram os teus beijos e abraços.
Porquê? Porque não fizeste mais um pouquinho por mim?
Onde estavas quando eu fiz as minhas primeiras travessuras?
Onde estavas no meu primeiro dia de aulas?
Onde estavas quando me tornei mulher?
Onde estavas quando me magoaram e partiram o coração ao meio?
Onde estavas quando a minha cabeça só me mandava fazer disparates?
Onde estavas? Onde estás? Onde estarás?
Nunca mais vamos voltar a ter aquela amizade que tínhamos nem nunca mais vamos voltar a ser mãe e filha...
Um dia quando olhares para trás espero que sintas orgulho em mim, e espero que um dia me expliques porque me abandonaste...espero que me digas nem que seja uma vez que gostas de mim, que te orgulhas de mim, e que és minha mãe...porque neste momento és apenas a pessoa que me pôs neste mundo, és apenas metade do meu ADN...
Não vou dizer que te amo porque ia estar a mentir, talvez lá no fundo ainda exista esse sentimento por ti mas está tão longe que nao me faz bater o coração...
Onde estavas quando à pouco tempo fui ao fundo do poço e quase me afoguei? Onde?
Precisei de ti e sei que tu também precisaste de mim...
Mas não basta estar perto do coração, também é preciso estar perto da pessoa...se não...
De ti despeço-me com um "Até qualquer dia..." cheio de mágoa e com uma pontinha de esperança!
Ana Lúcia Pereira
Poema: Estou farta desta confusão (05.07.2008)
Estou farta desta confusão,
torna-se tudo uma aflição.
Fico triste só de pensar
que antes era motivo para confiar.
Desconfiar
é o que faço
e esta maneira de pensar
já não sei se ultrapasso.
Traição é uma maldição
que a todos atraiçoa,
e o meu coração
tem um som que não soa.
Batidas cardíacas
bem desaceleradas
são apenas dicas
das almas bem marcadas.
torna-se tudo uma aflição.
Fico triste só de pensar
que antes era motivo para confiar.
Desconfiar
é o que faço
e esta maneira de pensar
já não sei se ultrapasso.
Traição é uma maldição
que a todos atraiçoa,
e o meu coração
tem um som que não soa.
Batidas cardíacas
bem desaceleradas
são apenas dicas
das almas bem marcadas.
Ana Lúcia Pereira
Amor infinito (01.07.2008)
Amor infinito
Havia uma mulher, a mais sábia de todas, era uma mulher que sabia tudo mesmo tudo que havia para saber no Mundo, nunca ninguém a conseguia enganar, nunca ninguém a fazia mudar de ideias; mas um dia ela apaixonou-se, e o homem por quem ela se apaixonou tinha um poder incrível sobre ela, a mulher fazia tudo quanto o homem queria, ela nunca mas nunca recusava um pedido seu. Até que um dia o homem fez o pior que poderia ter feito à mulher, ela encontrou-o com uma outra mulher, ele traiu-a e a mulher ficou muito triste e magoada; todos os dias ficava no seu quarto fechada, trancada, sem uma única ponta de luz e à noite ouvia-se o choro da mulher, ecoava em cada canto da cidade e as suas lágrimas inundavam tudo à sua volta; cada vez que a mulher pensava no seu Amor chorava, umas vezes de tristeza, outras de mágoa, outras de saudade e outras até de raiva.
A mulher começou a enfraquecer porque não conseguia comer, nem dormir e nem respirar direito; passou anos e anos naquele seu quarto e no dia em que teve certeza de que não aguentava nem mais um dia, teve como pedido ver o seu Amor, ser ele a última pessoa que ela veria na sua vida. Quando o homem entrou no seu quarto e olhou para ela disse: "Porque quiseste que aqui viesse?", e a mulher respondeu: "Porque estou a morrer, porque te amo, porque se ainda aqui estou não é porque o meu corpo aqui quer ficar, mas por mais que o meu corpo esteja velho e cansado, o meu coração rachado ao meio continua a bater, cada metade para seu lado, mas continua a bater com toda a força tal como no primeiro dia em que te vi, e ele não tem culpa do desgosto que lhe causámos e ainda tem muito que viver; por isso te peço, deixa-me morrer e fica com o meu coração e quando outra mulher te apaixonar, dá-lhe o meu coração e ela vai amar-te para sempre porque esse coração só existe por TI!".
Ana Lúcia Pereira
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