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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

25.08.2013 - Jovens tolos...

  O romance pertence aos jovens tolos que um dia escreveram cartas de amor.
  Se ao menos um dia eles relessem aquilo que escreveram, recordariam o tempo em que uma carta de amor valia bem mais que uma vida inteira de riquezas.
  Saudades de uma outra vida em que eu própria fui uma jovem tola e em que o romance me pertenceu.
  Cartas de amor cheias de sentimentos e que não têm retorno, quando as verei? Nunca mais, perderam-se nas mãos de um outrora, também, jovem tolo do romance titular.
  Quero aquele fulgor que as cartas numa outra vida me deram, quero ser jovem tola mais uma vez, escrever relíquias e desta vez guardá-las num cofre escondido que só a mim pertence.
  Quero relê-las vezes sem fim e recordar a jovem tola mesmo que seja aos 90 anos de idade.
  Juras, promessas e pactos...sem efeito...perdi-as para sempre e não sei se alguém irá relê-las mais alguma vez...desperdício!
  Eu quero roubá-las e fazê-las minhas pprisioneiras até ao fim dos tempos. Sim, é isso, vou engendrar um plano e vou roubá-las e aí serão minhas!
  Ai que eu morro por dentro, já não sou a jovem tola detentora do romance, sou a mulher tola detentora de coisíssima nenhuma.
  Sou dor, sou mágoa, sou rancor e o romance tu tiraste-me...tiraste? Tu tiraste-me o romance dos jovens tolos? Porquê? Mas porquê? Eu não entendo, eu não compreendo...
  Não quero ser tola somente, quero ser uma jovem tola que escreve cartas com o coração! Eu quero tudo e não tenho nada.
  Se ao menos as cartas me pertencessem, quem sabe...

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