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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Poema: A força esmurece (24.07.2011)

A força esmurece
bem devagarinho
e a memória não esquece
aquele murmurinho...

Tudo vai embora sem explicação,
tudo desaparece numa vasta escuridão...

E há dias em que sofrer
é apenas uma dica
da vida que há para viver...

Ficar sentada à espera?
Correr e não esperar?
Qual será a era
que me vai abrandar?

O coração pulsante,
o estômago revoltante,
a cabeça a girar
e o corpo a pairar...

Uma enorme falta de ar...

Um nó na garganta,
um sufoco silencioso,
um tremer que já não espanta
e um olhar tendencioso...

Mas esta revolta interior
bem silenciosa
abafa a dor
e não me deixa falar em prosa...

Aos pouquinhos degradante,
podre, sem triunfo,
a da vida amante
perdeu o trunfo!!!

FAREWELL, ATÉ À VISTA,
ATÉ AO DIA DA CONQUISTA!!!

Ana Lúcia Pereira

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