O romance pertence aos jovens tolos que um dia escreveram cartas de amor.
Se ao menos um dia eles relessem aquilo que escreveram, recordariam o tempo em que uma carta de amor valia bem mais que uma vida inteira de riquezas.
Saudades de uma outra vida em que eu própria fui uma jovem tola e em que o romance me pertenceu.
Cartas de amor cheias de sentimentos e que não têm retorno, quando as verei? Nunca mais, perderam-se nas mãos de um outrora, também, jovem tolo do romance titular.
Quero aquele fulgor que as cartas numa outra vida me deram, quero ser jovem tola mais uma vez, escrever relíquias e desta vez guardá-las num cofre escondido que só a mim pertence.
Quero relê-las vezes sem fim e recordar a jovem tola mesmo que seja aos 90 anos de idade.
Juras, promessas e pactos...sem efeito...perdi-as para sempre e não sei se alguém irá relê-las mais alguma vez...desperdício!
Eu quero roubá-las e fazê-las minhas pprisioneiras até ao fim dos tempos. Sim, é isso, vou engendrar um plano e vou roubá-las e aí serão minhas!
Ai que eu morro por dentro, já não sou a jovem tola detentora do romance, sou a mulher tola detentora de coisíssima nenhuma.
Sou dor, sou mágoa, sou rancor e o romance tu tiraste-me...tiraste? Tu tiraste-me o romance dos jovens tolos? Porquê? Mas porquê? Eu não entendo, eu não compreendo...
Não quero ser tola somente, quero ser uma jovem tola que escreve cartas com o coração! Eu quero tudo e não tenho nada.
Se ao menos as cartas me pertencessem, quem sabe...
MyOwnMind...
Desabafos inexplicáveis que tento explicar... ...contudo... ...nem tudo pode ser dito... ...isso seria como largar uma bomba atómica!
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
domingo, 12 de maio de 2013
Invisible me! (12.05.2013)
Porquê? Porquê que a invisibilidade me persegue?
Por mais que a exposição seja feita, a invisibilidade vence sempre.
Perco-me dentro de mim, aprisiono-me dentro de mim própria...perco-me na minha invisibilidade...
Será que fui eu que fiz por ser invisível? Se calhar fui eu que assim quis e agora estou a lidar com as consequências.
A agonia desta invisibilidade instala-se no meu peito e deixa um vazio asfixiante.
A invisibilidade dá cabo de mim!
Parece que tudo prossegue sem que eu seja necessária...estou invisível, ninguém me ouve, ninguém me vê, nada...um enorme, gigantesco NADA!!!
Parece que desapareci sem deixar rastos para todos...
Por mais que a exposição seja feita, a invisibilidade vence sempre.
Perco-me dentro de mim, aprisiono-me dentro de mim própria...perco-me na minha invisibilidade...
Será que fui eu que fiz por ser invisível? Se calhar fui eu que assim quis e agora estou a lidar com as consequências.
A agonia desta invisibilidade instala-se no meu peito e deixa um vazio asfixiante.
A invisibilidade dá cabo de mim!
Parece que tudo prossegue sem que eu seja necessária...estou invisível, ninguém me ouve, ninguém me vê, nada...um enorme, gigantesco NADA!!!
Parece que desapareci sem deixar rastos para todos...
NOBODY CARES, WHY SHOULD I???
Meu fragmento psicopatológico! (12.05.2013)
Meu fragmento psicopatológico!
Olhas-me nos olhos e desencorasjas-me de prosseguir!
Olhas para mim e a imagem refletida não me dá alento, dá vontade de desistir, de fugir, de deixar tudo para trás...
...mas em vez disso...
...correm-me as lágrimas pelo rosto, as palavras ficam encravadas e entorpece-me a mente.
Já não tenho alento para prosseguir, cada pequena ação, cada pequeno detalhe sussurra-me ao ouvido: "Falhas-te a tua missão!".
Nada faz sentido, já nada é igual!
Onde está o ânimo? Onde está a euforia? Onde está a expetativa? Onde está o brilho das coisas terrenas? Onde está o espanto? Onde estão os seres humanos que nos iluminam num só olhar?
Nada brilha, tudo é baço!
Dizes-me todos os dias, sem te cansares, que falhei e ainda consigo ver no teu rosto um pequeno fragmento de sorriso por me veres falhar. O meu rosto vai entristecendo e a tua glória vai aumentando. Quando vejo esse fragmento de sorriso maléfico na tua cara dá-me vontade de partir o espelho, agarrar-te pelo pescoço e estrangular-te! Mas não, em vez disso, correm-me as lágrimas pelo rosto.
És um ser masoquista que me tortura a mente em busca de saciar a sua sede!
Poluis todo o meu ser com a tua maldade e ainda te vanglorias!
Mas sabes que sem mim nada és, então torturas-me até ao ponto ideal, em que eu não morro e tu manténs-te mais vivo que nunca.
Tens o poder de me fazer odiar tudo, fazes-me sentir que as trevas são o meu único conforto, dás-me vontade de me esconder e de fugir do mundo.
Pergunto-me: "E quando eu morrer, para onde vais?".
Habitas na minha mente, apoderaste do meu corpo e enfraqueces-me o coração. A minha única fuga é escrever, mas até aí tu tens de intervir, tens de aparecer e vanglorias-te novamente.
Não posso mais viver contigo mas também já não me imagino a viver sem ti, porque tu és assim, tu és uma droga de melancolia que vicia e não deixa que eu me desintoxique. Tu és a minha psicopatologia que me enfraquece a mente e me deixa num estado de tristeza intensa que se torna inebriante.
Mas tu nunca vais conseguir uma coisa...tu nunca vais ser Eu, sabes porquê? Porque tu és um fragmento meu, não passas disso. O Eu concretamente não conseguirás nunca alcançar, porque o meu ser é fragmentado!
Ana Lúcia Pereira
sábado, 11 de maio de 2013
10.05.2013 - Agressão Verbal
Eles não sabem!
Eles dizem porque querem
e não pensam.
Eles magoam
mas acham que é passageiro.
Não é assim tão ligeiro
como possam pensar,
é um mundo inteiro
que pode acabar.
Se eles soubessem
o mal que tecem...
Devem pensar:
"estou apenas a falar".
Devem achar:
"estou apenas a brincar".
O que eles ficam sem saber
é que para quem ouve
só lhe fica a apetecer...
...morrer!
Eles não sabem!
Eles dizem o que dizem
porque querem
mas não sabem!
Se eles nem que fosse por um momento
ao lugar do tormento
fossem parar,
não sobreviveriam ao desalento
sem chorar.
Fico a pensar
tantas vezes para comigo:
"como eu me poderia amar
se não fossem esses que olham para o próprio umbigo".
Aquilo que foram dizendo
foi moendo.
As marcas deixadas
nunca ficaram cicatrizadas.
Prejudicaram uma vida inteira
apenas para se sentirem superiores
com uma "brincadeira".
Mas eles não sabem
que para brincar
tem de haver sorriso de par para par.
Eles não sabem e ficarão sem saber
que aquilo que lhes apeteceu dizer
apenas fez sofrer.
Este sofrimento
não passou com o tempo,
este sofrimento
só foi dando desalento.
Uma vida inteira
destruída por uma "brincadeira".
Cada palavra é uma facada,
cada risinho é uma chapada.
O seu ego a aumentar
por outro ver chorar,
o seu sorrir
em troca de um mártir.
Crueldade
é aquilo que fizeram
e aquilo que vão continuar a fazer
porque souberam
o gosto de ver outro sofrer.
Tenho pena daquele que chorou!
Tenho pena daquele que sorriu!
Tenho pena dos dois
porque um sofreu
e o outro em demónio se converteu!
Eles dizem porque querem
e não pensam.
Eles magoam
mas acham que é passageiro.
Não é assim tão ligeiro
como possam pensar,
é um mundo inteiro
que pode acabar.
Se eles soubessem
o mal que tecem...
Devem pensar:
"estou apenas a falar".
Devem achar:
"estou apenas a brincar".
O que eles ficam sem saber
é que para quem ouve
só lhe fica a apetecer...
...morrer!
Eles não sabem!
Eles dizem o que dizem
porque querem
mas não sabem!
Se eles nem que fosse por um momento
ao lugar do tormento
fossem parar,
não sobreviveriam ao desalento
sem chorar.
Fico a pensar
tantas vezes para comigo:
"como eu me poderia amar
se não fossem esses que olham para o próprio umbigo".
Aquilo que foram dizendo
foi moendo.
As marcas deixadas
nunca ficaram cicatrizadas.
Prejudicaram uma vida inteira
apenas para se sentirem superiores
com uma "brincadeira".
Mas eles não sabem
que para brincar
tem de haver sorriso de par para par.
Eles não sabem e ficarão sem saber
que aquilo que lhes apeteceu dizer
apenas fez sofrer.
Este sofrimento
não passou com o tempo,
este sofrimento
só foi dando desalento.
Uma vida inteira
destruída por uma "brincadeira".
Cada palavra é uma facada,
cada risinho é uma chapada.
O seu ego a aumentar
por outro ver chorar,
o seu sorrir
em troca de um mártir.
Crueldade
é aquilo que fizeram
e aquilo que vão continuar a fazer
porque souberam
o gosto de ver outro sofrer.
Tenho pena daquele que chorou!
Tenho pena daquele que sorriu!
Tenho pena dos dois
porque um sofreu
e o outro em demónio se converteu!
Ana Lúcia Pereira
terça-feira, 7 de maio de 2013
Eu sou a Fênix... (07.05.2013)
Eu sou a Fênix...
Eu sou a Fênix que renasce das cinzas.
Eu sou aquele pássaro lendário que se tornava imortal ao renascer no meio das suas próprias cinzas.
Eu sou a Fênix que tem uma força inacreditável.
Eu sou a ave que se transforma em fogo quando menos se espera.
Por isto eu sou a Força e Imortalidade.
Das cinzas da minha vida já me ergui por diversas vezes tornando-me num ser magnífico e já surpreendi quando os outros menos esperavam.
Eu agora estou deitada nas cinzas, camuflada, em transformação, e espero em breve renascer e maravilhar-vos com o meu renascimento, porque o ser maravilhoso está aqui à espera do momento ideal para se mostrar.
Eu passo despercebida, de mansinho pela calada, encoberta pelas cinzas e ninguém dá por mim. Eu sou apenas mais um transeunte, não sou nada e nada fica pelo caminho?! ERRADO! Porque eu sou a Fênix escondida nas minhas cinzas à espera do renascimento.
Depois da morte o meu olhar mudou e ficou vazio, o meu caminhar antes altivo rebaixou-se e até a cabeça antes erguida se rebaixou, mas é apenas por agora, porque eu estou no meio das cinzas, pois quando o renascimento se der cuidado com o olhar petrificante, cuidado com o caminhar de magestade e cuidado com a cabeça erguida, estes serão os sinais de que a Fênix voltou do domínio de Hades, a Fênix voltou do mundo dos mortos, renasceu e vem mais rejubilante que nunca.
Eu sou a Fênix e os pensamentos tóxicos que me corroem o coração estão a ser combatidos nas cinzas, tornando-se eles próprios num componente destas cinzas, e eles desaparecerão, eles ficarão nas cinzas e eu renascerei com pensamentos sanos, pensamentos indestrutíveis, capazes de tudo...
E se um dia eu voltar novamente às cinzas e ao mundo de Hades, relembrem-se que eu sou a Fênix que renasce das cinzas!
Ana Lúcia Pereira
domingo, 5 de maio de 2013
Caminhar sob lava a ferver (05.05.2013)
Eu ando sob lava a ferver, deixando as minha pegadas bem firmes, eu ando sob lava a ferver e vou dando dicas pelo caminho.
Mas ando pela lava e queimo-me sozinha, ninguém está disposto a fazer esta caminhada comigo.
Eu vou deixando as dicas enquanto a jornada prossegue, mas ninguém percebe as minhas dicas, ninguém parece perceber a mensagem. Isto penso eu na minha inocência, porque no meu mais obscuro ser eu sei que percebem; o que se passa realmente é que fingem não perceber.
É mais fácil ignorar do que agir. É mais fácil fingir que nada aconteceu do que resolver o acontecimento. É mais fácil fugir e voltar para a zona de conforto do que prosseguir e enfrentar a lava a ferver.
Eu caminho sob a lava a ferver e busco pelo meu destino, caminho pela lava a ferver e queimo-me sozinha. Mas aqueles que caminharem sob este memso caminho saibam que não têm que caminhar sozinhos tal como eu, porque eu estarei lá e caminharei do vosso lado. Apesar de já queimada pelo meu caminho prefiro caminhar (também) convosco pelo vosso caminho; sempre é melhor do que assistir ao vosso doloroso caminhar sem nada fazer, até porque...
...esse caminhar poderá ser o último em que eu terei a honra de vos acompanhar!
Ana Lúcia Pereira
sexta-feira, 3 de maio de 2013
O meu namoro secreto... (03.05.2013)
O meu namoro secreto...
Eu tenho um namoro secreto do qual ninguém desconfia, nem o meu próprio marido suspeita que este namoro possa se quer existir.
Este meu namoro secreto é um daqueles relacionamentos muito complicados, é um daqueles relacionamentos do género "amor/ódio".
Neste meu relacionamento nós passamos o tempo todo a brigar, chateamo-nos, cortamos relações, mas eu volto sempre a apaixonar-me novamente. Por mais que eu me zangue, por mais que eu me canse de tanta briga, eu não deixo de amar.
Digo-lhe coisas horríveis, e sei que firo sentimentos; eu digo-lhe "odeio-te", eu digo-lhe "quero pôr um fim a tudo", eu digo-lhe "não prestas", eu digo-lhe coisas que não merece ouvir...mas no fim arrependo-me, no fim o amor fala mais alto porque me apaixono novamente. E por mais que eu diga todas estas atrocidades, no fundo eu tenho é medo de perder este meu namoro secreto.
Pois é verdade, pronto eu admiti...eu tenho um namoro secreto que não é perfeito (nada o é), é confuso, lindo, obscuro, bom e mau, com altos e baixos...como tantos outros...Mas eu não existiria sem este meu namoro secreto...Porquê??? Porque eu namoro (secretamente) com...
...A VIDA!
Eu sou: "A da vida amante"!
Ana Lúcia Pereira
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